19 de dezembro de 2012

A história da mulher boba

Houve um Natal, depois de passado algumas desventuras, a mulher decidiu dar uma chance ao menino. Não era nada especial pra ela, apesar de ser noite de Natal, não parecia especial, mas foi.

Parecia estranho, era estranho, aquela mulher não era para aquele menino. Ainda assim, partir daquela noite, a mulher e o menino estavam sempre juntos. As pessoas chegaram a pensar que era a magia do Natal. Depois disso, um sentimento parecia crescer dentro deles.

O menino parecia confuso, com medo, aparentemente apaixonado, então ela decidiu tentar amar alguém que parecia gostar dela. A mulher tinha seus momentos de menina, era carente, nutria paixão por outro, não era correspondida e encontrou no menino alguém para repousar seus confusos sentimentos.

Equivocado, confuso, com medo, aparentemente apaixonado, o menino pede se a mulher gostaria de um relacionamento sério. Crente das boas intenções, no convívio intenso, ela aceitou.

Enquanto ele dizia palavras bonitas, com olhar misterioso, às vezes não dizia nada, a mulher era enganada e iludida. Chegou a pensar que poderia ser amor, afinal, precisava de alguém pra amar, ela achava que precisava.

Em tão pouco tempo, tinham planos, juras e nada em comum.

Numa dessas tardes peculiares, o menino vai encontrar a mulher e diz não a querer mais. Todo carnaval tem seu fim, o dele estava apenas para começar, queria começar livre.

Disse coisas que machucam. Feriu a mulher. Pior, feriu o ego e o orgulho da mulher, que depois disso (re)acordou pra vida. Não quer mais ninguém, não acredita em nenhum.

Isso só aconteceu porque ela estava carente, ele farejou a carência dela, chegou com seu ar de homem e saiu como um menino. Por isso, meninos, não tenham medo de nos machucar, não somos frágeis. O que machuca é seu medo de nos machucar. E, mulheres, pode haver outros meninos mentirosos por ai, esperando seu momento de carência para poder te ludibriar. Não se ama da noite pro dia. Não se deixa de amar do dia pra noite.